Por Rodrigo Prado
Publicado em 21 de outubro de 2024 | 08:34
Grupo montou esquema que envolvia propinas para evitar prisões em flagrantes e a continuidade a investigações contra acusados de crimes diversos, segundo MP
Quatro policiais civis, dois advogados e um homem que se passava por investigador foram condenados a até 93 anos de prisão em esquema que envolvia propinas para evitar prisões em flagrantes e a continuidade a investigações contra acusados de crimes diversos, em Goiás.
O caso veio à tona em agosto de 2018, por meio de operação do Ministério Público de Goiás (MPGO), que resultou na denúncia contra 10 pessoas à Justiça estadual. Quatro acabaram absolvidas.
A decisão é de agosto, mas só foi tornada pública quinta-feira (17), com publicação no site do MPGO. O processo tramitava em segredo de Justiça.
Os condenados por extorsão estão soltos e recorrem em liberdade. Dois deles foram considerados culpados também por roubo. A defesa de todos disseram não haver provas contra os clientes, são inocentes, e que já recorreram da decisão.
Confira abaixo a pena aplicada a cada acusado e os crimes reconhecidos:
- Danilo César Approbato, o acusado que se passava por policial civil: 89 anos e 1 mês de prisão e 2.327 dias-multa (crimes de extorsão e roubo).
- Luiz Carlos de Melo, agente de polícia aposentado: 93 anos e 11 meses de reclusão e 2.779 dias-multa (extorsão e roubo).
- Márcia Rodrigues de Sousa, escrivã da Polícia Civil aposentada: 22 anos e 11 meses de reclusão e 687 dias-multa (extorsão).
- Gilvan de Sousa Ribeiro, agente de polícia aposentado: 11 anos de prisão e 173 dias-multa (extorsão).
Juliana Angélica de Lucena Ferraz, advogada: 21 anos e 4 meses de reclusão (extorsão). - Jorge Carneiro Correia, advogado: 24 anos e 8 meses de reclusão (extorsão).
Além das penas aplicadas aos réus, a sentença decretou a cassação da aposentadoria dos três policiais civis condenados.
Quatro dos réus – Danilo, Luiz Carlos, Jorge e Juliana – também terão que pagar, solidariamente, indenizações por danos morais a vítimas, em valores que variam de R$ 900 a R$ 5 mil.
Outro processo decorrente da mesma operação ainda espera julgamento. Ele apura extorsões contra outras vítimas e o crime de organização criminosa.
Com informações de O Tempo Política