Rodrigo Prado | Goiânia, 06 de Dezembro de 2024
Na noite desta sexta-feira, 6 de dezembro, um incidente grave ocorreu no Hospital Municipal Célia Câmara, em Goiânia, envolvendo a detenção de um maqueiro e uma enfermeira. A situação se desencadeou durante a troca de plantão das 19h, quando o marido de uma paciente gestante, que aguardava atendimento, não aceitou o atraso e fez um protesto que levou à presença da Polícia Militar.
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O Desdobramento do Conflito
Segundo relatos de profissionais da saúde, a gestante estava classificada como ficha verde, indicando uma condição de menor gravidade. Ao ser informado de que ela seria consultada apenas após a troca de turno, o marido ficou frustrado e contatou o assessor de um vereador. O apoio político levou ao acionamento da polícia, que, ao chegar na unidade, foi direto até a sala de atendimento, resultando na detenção de uma enfermeira e do maqueiro. Informações indicam que a enfermeira foi acusada de desacato e acabou presa.
Condições de Trabalho e Clima de Caos
O clima no hospital estava tenso, refletindo a insatisfação dos funcionários com as condições de trabalho. Uma servidora, que preferiu não se identificar, fez declarações contundentes sobre a precariedade em que a equipe tem trabalhado, mencionando a falta de pagamento de salários, décimos terceiros e até mesmo do vale alimentação. “O caos é generalizado, a gente trabalhando sem receber o vale alimentação, sem receber o salário e o décimo terceiro e de forma precária e é desta forma que somos tratados”, afirmou a funcionária.
Aguardando Respostas das Autoridades
As autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o incidente. A Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás foram acionadas para esclarecer os fatos e a situação dos profissionais detidos. A comunidade e os funcionários do hospital aguardam um posicionamento que possa esclarecer o que aconteceu e quais medidas serão tomadas diante dessa crise no atendimento à saúde.
Considerações Finais
Esse episódio evidencia não só a tensão existente nas unidades de saúde diante da sobrecarga de trabalho e da falta de recursos, mas também o delicado equilíbrio entre prestação de cuidados médicos e as dinâmicas sociais que envolvem atendimento ao público. O episódio no Hospital Municipal Célia Câmara é um chamado à reflexão sobre como sanar os problemas que afetam tanto pacientes quanto profissionais da saúde, garantindo um atendimento mais digno e humanizado.